Oi, gente! Hoje a entrevistada no blog é a autora Débora, vamos conhecer um pouco mais da sua trajetória e do seu trabalho. Como vocês sabem meu blog sempre tem o foco na divulgação de autores nacionais e fico feliz que também através dessas entrevistas a gente vai conhecendo novos autores, assim temos a chance de prestigiar seu trabalho. Sem mais delongas, vamos à entrevista!
BLOG: Quem é a autora?
R: Eu sou Debora, nasci na cidade de Osasco, em São Paulo, e tenho 29 anos. Às vezes, escrevo sob o pseudônimo de Debora Sapphire, sendo que a sílaba inicial do primeiro nome não tem acento mesmo. Atualmente, trabalho como colunista, jornalista e escritora profissional há 5 anos. Comecei a produzir conteúdo literário com a criação do meu primeiro blog, chamado Amante da Arte da Literatura, há 10 anos. Depois de tanto tempo, fico feliz por contribuir para o fomento da literatura no mercado editorial brasileiro, tanto como influenciadora literária quanto como escritora.
BLOG: Se você pudesse se descrever em três palavras, quais seriam?
R: Com certeza as três palavras para me descrever são: criativa, determinada e corajosa.
BLOG: O que te motivou a se tornar escritora?
R: Eu sempre gostei de ler e criar histórias desde criança, influenciada pela minha mãe, que é professora do ensino infantil e psicopedagoga. Ela costumava me presentear com livros e ler para mim quando eu era mais nova. Logo, desenvolvi esse gosto pela literatura em casa e pela produção de literatura quando adulta. Aos 6 anos de idade, como uma boa menina cheia de imaginação, eu já criava minhas histórias, brincadeiras e as contava na sala de aula da primeira escola em que estudei.
BLOG: Escrever significa…
R: Para mim, escrever é a arte de dar vida e voz à minha imaginação. E também, uma forma de resistência por eu conseguir passar um pouco das minhas lutas, vivências, sabedoria, filosofias de vida, conhecimentos e expressar a minha cultura através dos meus personagens e das minhas histórias.
BLOG: Quantos e quais são seus livros publicados?
R: Bem, eu tenho 5 livros escritos e outros em andamento, mas somente tenho três publicados. “O Mistério da Mansão Walker”(2022), que ganhou uma nova edição pelo Grupo Editorial Quimera em agosto de 2024. O meu infanto-juvenil: “A Pequena Bruxa e a Raposa da Floresta”(2023), ilustrado pela antiga editora Pendragon, além do meu novo lançamento de março “O Reino Secreto de Trevas e Mágica" (2025), que será publicado agora pela e editora Toca dos Magos. Inclusive, tenho um novo lançamento com a editora Quimera previsto para julho de 2025, que se trata de uma fantasia sáfica.
BLOG: Qual o seu livro mais recentemente lançado?
R: A obra impressa, cuja versão ilustrada é uma adaptação do meu conto infanto-juvenil: “A Pequena Bruxa e a Raposa da Floresta”.
BLOG: Qual livro mais te marcou ou é seu favorito entre os que escreveu?
R: Verdade seja dita, cada um dos meus livros marcou uma etapa importante da minha carreira como escritora profissional, mas tenho um carinho muito especial pela minha fantasia de ficção de cura, que é o meu livro infanto-juvenil: “A Pequena Bruxa e a Raposa da Floresta”, porque, com esse livro, consolidei a minha característica de narrativa como artista. Afinal, a literatura é a sexta arte.
BLOG: Qual dos seus livros foi o mais difícil de escrever?
R: Acredito que tenha sido o livro O Mistério da Mansão Walker, porque o mundo, o nosso país, o Brasil, e eu estávamos passando por um período político muito difícil e sensível durante aquela época pandêmica. Escrever esse livro foi libertador para mim. Eu estava com o psicológico abalado, sofrendo com crise de ansiedade e ataques de pânico, e o livro se tornou um grande aliado no meu processo de cura. Além de toda a ajuda profissional e terapia que recebi, claro. Tanto que o enredo da protagonista aborda essa questão de saúde mental, mas sem pesar o clima da obra de fantasia sombria, suspense policial e mistério. Hoje em dia, o livro faz parte do selo Jovem Adulto da Casa Quimera e do catálogo da editora Quimera.
No entanto, a maior dificuldade foi que eu escrevi esse livro todo em inglês para um curso internacional, com o objetivo de me preparar para um exame do setor Cambridge English da Universidade de Cambridge. Como sou bilíngue e fluente nos idiomas português e inglês, após escrever o primeiro texto original que deu origem ao livro, precisei traduzi-lo para publicá-lo em português. Ou seja, é como se eu tivesse escrito o mesmo livro em idiomas diferentes, o que, com certeza, deu mais trabalho.
BLOG: Como você vê a questão da representatividade nos livros? Quais instruções você gostaria de dar para alguém que deseja trabalhar esse tema?
R: Depende. Eu sou uma pessoa diversa e neurodivergente, e a minha cultura, ligada ao Sagrado Feminino e a Mãe Natureza, transborda diversidade. Nos meus estudos em Ciências Sociais e no Bacharelado em Comunicação Social, também levo essa carga de conhecimentos acadêmicos. Por isso, é natural para mim apresentar essa diversidade nos meus livros. Acredito que, independentemente do tema representativo abordado, o importante é ser fiel à sua essência e, caso não domine o tema, é preciso estudar bastante sobre ele antes de escrever a respeito.
BLOG: O que tem lido ultimamente?
R: Ultimamente, tenho lido livros de poesia da Amanda Lovelace e da Rupi Kaur, além de alguns livros de literatura indígena de que gosto muito igualmente.
BLOG: Quais são as suas referências literárias? Quais os seus autores favoritos?
R: Depende muito dos gêneros literários que eu resolvo me aventurar a escrever e mais gosto de ler. Como por exemplo, eu tenho muitas referências da minha paixão pela literatura gótica: Drácula, de Bram Stoker, Frankenstein, de Mary Shelley, Edward Mãos de Tesoura, enfim. Já do gênero romance policial, eu gosto muito de Agatha Christie. Outra referência, é o infanto-juvenil "A fada que tinha ideias”, da escritora brasileira Fernanda Lopes de Almeida.
BLOG: Algum dos seus personagens ou algum dos seus livros teve inspiração em pessoas reais e fatos que aconteceram?
R: Não, necessariamente. Algumas vezes, gosto bastante de trazer contextos históricos para fundamentar uma história mais verossímil, caso o enredo principal peça, como, por exemplo, a Inquisição Moderna. No entanto, tudo permanece na ficção. Além disso, mesmo na ficção, geralmente trabalho temas atuais e críticas sociais atemporais que abordo nos meus livros, assim como toda boa fantasia e cenário distópico fazem. Em razão disso, tudo o que é trabalhado nos meus livros é mais representativo.
BLOG: Você possui algum ritual para escrever? Gosta de fazer roteiros ou simplesmente deixa a inspiração te levar?
R: Sim, eu tenho o hábito de criar o roteiro de todas as minhas histórias. Porém, quase sempre acontece de as histórias ganharem vida própria no meio do processo de escrita, e acabarem saindo até melhores do que o planejado. Faz parte da nossa profissão lidar com o imprevisível, não é mesmo? Alguns ajustes para o encaixe da construção narrativa são constantemente necessários.
O meu ritual de escrita, sempre quando estou trabalhando em um livro novo, consiste em separar o meu dia em dois períodos nos quais sou mais produtiva e criativa: de manhã, após o café da manhã, e à tarde, após o almoço.
BLOG: Um defeito e uma qualidade?
R: Perfeccionismo e generosidade.
BLOG: Um sonho?
R: Acredito que, assim como muitas autoras nacionais, a escrita ainda não é a profissão que me sustenta financeiramente, apesar de eu ter contratos assinados com editoras tradicionais. Um sonho a ser realizado é alcançar a estabilidade financeira para viver completamente de literatura, tanto no Brasil quanto em qualquer parte do mundo onde eu venha a morar.
BLOG: Quais as dicas que pode dar a um escritor iniciante?
R: Não desanime no primeiro obstáculo. Inclusive, tenha uma rede de apoio e contrate profissionais qualificados para trabalhar no seu livro antes de publicá-lo. E lembre-se de que qualquer feedback dos leitores não é uma verdade absoluta; a opinião do leitor sobre um livro diz mais sobre ele mesmo do que sobre a obra em si.
Biografia da autora
Debora Sapphire é o pseudônimo de uma influenciadora literária, colunista e jornalista entusiasta da literatura, de 29 anos. Bacharel em Comunicação Social. Mora no interior de SP.
Escritora de "O Mistério da Mansão Walker" (2022) e o premiado infantojuvenil "A Pequena Bruxa a Raposa da Floresta"(2023). Adora escrever sobre protagonistas complexas e em suas histórias repletas de diversidade reina o empoderamento feminino.
Além de trazer consigo um senso crítico considerável para abordar com autoridade assuntos sociais e temas atemporais necessários a fim de levar reflexão importante aos leitores.
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Gostaram? Até a próxima!
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