Fatos curiosos sobre os vampiros

 




Oi, gente!

   Hoje trago uma postagem especial para comemorar o mês dos vampiros, esses seres incríveis que admiro dentro do gênero de terror e fantasia. Pouca gente sabe, mas há um motivo especial  para esse mês ser tido com tal, é porque foi em 26 de maio de 1897 que aconteceu a publicação de Drácula, uma das primeiras obras sobre vampiros, por isso decidi trazer fatos curiosos sobre vampiros.

   Vampiros são personagens presentes na literatura, cinema, e televisão. Eles continuam se reinventando ao longo dos anos. O mito dessas criaturas remonta desde a babilônia, lendas judaicas, Roma, Egito e até mesmo na mitologia chinesa eles estão presentes. 


          Popularização dos vampiros 

   A ideia de seres que voltavam para aterrorizar os vivos tem origem no século 12 por causa do historiador William de Newburgh que afirmou diversos casos de mortos que atacavam pessoas durante a noite. 

   Entre o século 16 e 18 uma onda relatos semelhantes se espalhou no leste Europeu, e entre o povo eslavo havia a crença em uma espécie que viria a ser chamada de vampira. 

   Ainda no século 16 o alho se tornou uma forma de proteção, ainda havia a exumação de corpos e queimar cadáveres era uma prática comum, já que houve uma disseminação de uma crença sobre vampirismo que gerou histeria nas pessoas e tudo ganhou força quando Johannes Fluckinger, um cirurgião do governo austríaco, detalhou suas investigações sobre o vampirismo na Sérvia em 7 de janeiro de 1732.

   O relatório dele continha uma série de nomes de mortos na vila Meduegna, e a culpa das mortes foi atribuída a Arnold Paul, que afirmava ter sido mordido por um morto-vivo e morrido por causa disso. O cirurgião continuou investigando a onda de ataques atrelados aos vampiros e encontrou oito cadáveres, que estranhamente tinham aparência fresca e por isso foram queimados.

   Este relatório gerou o maior burburinho, causou debates entre os intelectuais do Ocidente que tentavam entender e encontrar explicações racionais para o que estava acontecendo. Todos ficaram temerosos ainda mais porque o túmulo de Arnold foi aberto no quadragésimo dia após seu enterro, ali estavam presentes alguns cirurgiões e militares que se assustaram com o fato de que seu corpo parecia o de um recém-enterrado, e curiosamente as unhas dele ainda cresciam. 

   Ao perfurarem o corpo dele com uma grande estaca, bastante sangue jorrou e por isso acharam que ele era um vampiro. Alegam que teriam ouvido um gemido após a perfuração e diante disso decidiram decapitá-lo e queimá-lo, desse modo repetiram o mesmo processo com os demais. 

   Os primeiros relatos de associação de um vampiro com um morcego surgiram em 1765, com o naturalista francês Louis Leclerc, conde de Buffon, que notou que morcegos bebiam sangue. Ele o denominou vampiro em um dos volumes da obra História Natural. Isso ocorreu porque ele percebeu a habilidade dos mamíferos voadores para chupar sangue de animais e pessoas sem acordá-los, e fez uma alusão aos famosos contos de vampiros de sua época. 

                         As primeiras obras sobre vampiros 

   No século xix, John Polidori, um médico italiano e amigo de Lorde Byron se juntou a ele e a Mary Shelley em um desafio para escrever histórias de terror. Naquela época a escritora criou o inesquecível Frankenstein, que em 1918 se tornou um clássico do gênero de terror. 


   Byron tina uma trama em potencial, era sobre um homem prestes a morrer e que pedia ao companheiro de viagem para não revelar a ninguém seu estado, mais tarde Polidori acrescentou elementos sobrenaturais a essa narrativa que era apenas um rascunho sem tanta importância para Byron. Ele criou Lorde Ruthven, um vampiro aristocrata que se alimentava de lindas mulheres. A história  foi publicada em 1819 na revista New Monthly Magazine, como O conto The Vampire, mas erroneamente foi atribuída a Byron. Goethe, um dos principais autores alemães, elogiou o trabalho como se fosse um dos melhores trabalhos do autor inglês. 

   A obra vendeu 14 mil cópias em um dia. O personagem foi o protótipo de Drácula.   Byron fez uma carta para explicar que a obra não era dele, mas era tarde demais. Infelizmente que tinha uma tese sobre pesadelos, ambicionava ser escritor, sentiu o baque da "traição" e isso o fez voltar só aspecto negativo, assim aos 26 anos, em 1821 ele se suicidou. Especula-se que Polidori tinha depressão e que a obra era uma caricatura a Byron, pois ele adorava dar festas badaladas e sem moralidade, Byron também faleceu pouco depois em 1824 por causa de uma séria enfermidade. Os direitos autorais podemos deixar alguém louco, não é? Nunca vamos saber se Byron roubou mesmo o trabalho do amigo para se sobressair ou foi apenas um erro do editorial. 

 



Carmilla 

    Antes mesmo de Drácula tivemos o primeiro romance sobre Vampiros, Sheridan Le Fanu publicou em 1872 uma obra que se passava na Styria rural onde morava Laura, a protagonista. Carmilla assombra a menina em vários momentos de sua vida. A vampira era forte, tinha hábitos noturnos e se transformava em animais, gostava muito de se transformar em um gato. Ela dormia em um caixão. Laura foi seduzida por Carmilla após sofrer um acidente. O pai de Laura era um caçador e passou a perseguir a vampira para se vingar por corromper sua filha. A obra não foi bem recebida pela sociedade na época porque era polêmica para a era vitoriana tão cheia de pudores e desejos reprimidos, veja só! 


Drácula 

   Agora chegamos ao nosso lorde trevoso Drácula que foi publicado em 1897 inspirado no Vlad Tepes terceiro, o imperador sangrento da Valáquia. 

   Stocker usou elementos de Polidori e de Carmilla em sua história, fez um vampiro vilão que seduz mulheres para beber o sangue delas. 

  O que poucos sabem é que o primeiro romance publicado foi Varney, o vampiro, de James Malcom Rymer em 1845. O vampiro de Rymer também tinha um gosto peculiar por mulheres bonitas para destruí-las por motivações nefastas. Sua história abriu discussões sobre o possível envolvimento sexual entre o vampiro e sua vítima. 

  Após o lançamento de Drácula poucas obras  foram publicadas, apenas em 1954 o contista norte-americano Richard Matheson lançou I am legend, um romance vampiro que impactou a literatura. A obra retrata um único humano em um mundo contagiado por uma doença que transforma todos em vampiros. 

   Daí em diante os vampiros ganharam a curiosidade e o fascínio da população, em 1931 fizeram o filme do Drácula. A série Dark Shadows conquistou a todos com o vampiro icônico Barnabas Collins. 




  Nos anos 70  novos filmes do Drácula foram produzidos. Em 1976 Annie Ricce lançou Entrevista com o vampiro, uma das suas obras da série Crônicas vampirescas. Estes livros trouxeram uma nova visibilidade aos vampiros, ela trabalha críticas sociais, reflexões sobre a existência e mostra a dualidade dentro dos vampiros que no começo ficam perdidos entre a vida antiga e uma nova vida sem pressões e moralidade. 

 Mas a explosão veio dos anos 90 em diante com após o lançamento do filme Entrevista com o vampiro, estrelado por Brad Pitt e Tom Cruise. 

Outras obras em linha cronológica 

Os primeiros livros de Diários de um vampiro de L.J Smith foram publicados em 1991. 

Em 2000 André vianco lançou Os sete. 

Em 2001 foram lançadas As Crônicas de Sookie Stack house de Charlaine Harris, obra que derivou a série True blood. 




    Em 2003 foi lançado Vampire Kisses ( Beijo da morte) de Ellen Schreiber, uma obra sobre uma garota gótica que se apaixona pelo misterioso rapaz da casa do alto da colina e sonha em ser uma princesa das sombras. A história mescla clichê com sobrenatural, acho que a série que vi Chica Vampiro na Netflix usa elementos parecidos, é teen, cômica, e romântica, gostei e recomendo. ❤️ Como gosto de séries teens como Sou franky, então fica a dica para uma série teen com vampiros.  




  Em 2005 nos EUA foi lançado o primeiro livro da série Irmandade da Adaga Negra.  

..Depois disso Crepúsculo surgiu e trouxe um boom para os vampiros e lobos,  ela mudou bastante o estilo dos vampiros ao colocar que eles teriam dons, o que diferiu de Smith, pois em Diários de um vampiro eles apenas tem hipnose, o que eu acho mais lógico do que ler mentes, lançar raios e tudo mais. Amo Crepúsculo, mas convenhamos que em essência os de TVD são melhores. 



  Em 2007 House of Night foi lançada, seguida por Academia dos vampiros de Richelle Meed. 

  Em 2008 John Marks lançou A terra dos vampiros. 

  De lá para cá mais obras foram lançadas, e surgiram mais adaptações para séries e filmes como conhecemos.  

  Se eu fosse relatar todas seria bem gigante esse post,  mas vou deixar mais dicas de livros sobre vampiros por aqui, alguns nacionais também. 





 












 
E aí gostaram? Não quis falar apenas do nosso lorde trevoso Drácula, mas dos vampiros no geral porque eles são seres incríveis, amo. 

Até a próxima! 


2 comentários

  1. Gostei muito de conhecer a trajetória do vampirismo atrás da histora.
    Incrível.
    Parabéns

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    1. Ah obrigada ❤️ Fico feliz que tenha gostado, é um dos assuntos que mais gosto dentro da literatura

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