Resenha: Guerra entre mundos - Priscila Mariano

 


Obra: Guerra entre mundos
Autora: Priscila Mariano 

Sinopse: O que Bruno poderia fazer quando um de seus pesadelos se torna realidade e ao acordar, dá de cara com um dos monstros de seus sonhos ao lado de sua cama, pronto a mata-lo. Só Fugir! E ele não sabia de onde tirar tanta adrenalina para conseguir isto. Agora estava nas ruas do Rio de Janeiro, ainda correndo, escondendo-se e se sentindo cada vez mais perseguido.
Esta é a história de Bruno Gonçalves Freijó que descobriu que sua vida não era tão normal assim, passando de um adolescente comum para algo que estava além de sua imaginação. E com isto, não só envolve amigos e parentes em uma guerra que já existia há milênios, como descobre que não é só a Terra que tem vida. É uma guerra entre mundos, dimensões e que agora finalmente chegou a Terra.
Entre amor, amizade e esperança, todos se unem, e Bruno tornar-se mais do que um guerreiro incansável na luta para livrar o seu planeta e seus habitantes do julgo ganancioso e cruel de Kiron.

  
      Oi, gente! Trago hoje  a resenha de Guerra entre mundos da Priscila Mariano. O livro é uma fantasia distópica que vai encantar os amantes de uma boa história com alienígenas e romance. A autora já escreveu obras de diversos gêneros e consegue transitar muito bem entre fantasia e romance contemporâneo. 

    Guerra entre mundos tem elementos de suspense, ação e aventura. É young adult de um jeito bastante diferente, eu nunca tinha lido nada parecido antes e gostei bastante. Acho que foi a primeira fantasia com distopia que li, normalmente leio esses gêneros separados, e achei que a autora conseguiu criar uma história excelente unindo esses gêneros.
    
                                                            
Enredo

     Bruno é um adolescente de dezesseis anos que um dia se deparou com criaturas estranhas ao seu redor. A perseguição fez com que ele descobrisse que uma guerra estaria prestes a começar, e seria algo impossível de se vencer com métodos meramente humanos. Seres extraterrestres interessados na destruição da terra e de outros planetas tinha força e poder necessários para causar caos, morte e dor aos humanos.
 
    Bruno contou com a ajuda dos Nífias e Sentinelas, seres poderosos e guardiões intergalácticos  para poder enfrentar Kiron. Eles lutavam para manter a paz no cosmo, enquanto Kiron era a força destruidora que se aproveitava das fragilidades da mente humana para acabar com eles, dizimar cidades e países, e se alimentar do caos. 

    
"Havia muitos mortos. A cidade que antes vira não mais existia, apenas sumira do mapa, desaparecera num mar de energia. A harmonia não existia mais, somente dor e angústia" 

       Personagens 

   Depois de  sermos apresentados a Bruno conhecemos a sua namorada Paula e seu melhor amigo Tadeu, ambos acabaram embarcando nessa aventura com ele para defenderem seu mundo do ataque dos aliens. Paula e Tadeu me conquistaram logo de cara. Tadeu não tem receios em ser verdadeiro com Bruno, era o tipo de amigo que não pisava em ovos para dizer o que o incomodava, afinal, eles sempre foram como irmãos, e ele também terá a sua jornada em busca de se conhecer melhor e buscar o que realmente o faria feliz. Paula estava pronta a fazer qualquer sacrifício por Bruno, não se importava se estava lidando com o fim do mundo, desde que sua alma estivesse ligada a dele 
    
    Chiva foi o primeiro Nífiano que conhecemos, ele vinha de uma raça extraterrestre pacífica, eles mantinham o equilíbrio das coisas no universo, enquanto Kiron era a força destrutiva que acabava com cada planeta que encontrava. 

    Rogério e Pedro foram personagens secundários aos quais  acabei me apegando com o tempo também, e vieram pra somar nessa equipe incrível composta pelos Nífias e Sentinelas que compunham a força da resistência para vencer Kiron e seus aliados. 

    Yani, o metamorfo, foi um personagem que aos poucos foi me cativando após se redimir de seus erros quando conheceu Anton. E por falar nele preciso apontar mais uma coisa que me chamou a atenção na sociedade dos Nífias, que é a liderança democrática, pois mesmo que um deles tomasse mais decisões, eles respeitavam as opiniões dos conselheiros de guerra, os generais, e aliados. A sociedade dos Nífias era evoluída tecnologicamente e moralmente. Fiquei muito admirada com a estrutura do mundo deles.

    Um verdadeiro líder sabe conduzir sua equipe até o objetivo final, e toma cuidado com todos os riscos para evitar erros graves durante a execução do plano. Anton apesar do seu carisma, influência, e talento para liderar, ainda foi bastante impulsivo em algumas decisões drásticas que tomou, e isso causou um atrito entre seus liderados, apesar disso conseguiu dividir os fardos de ter que resolver tudo e fazer tudo sozinho, amadureceu nessa parte e deu espaço para outro personagem que aprendi a gostar, o ursão Kalust, um Nífia bravo, rígido, mas um grande soldado e excelente estrategista também. Por trás daquela fachada de durão tinha um grande coração.

    E não podemos esquecer de falar do vilão que é o Kiron. Ele conhecia bem a arte de domínio e manipulação para causar dissensões e conflitos graves  para que muitas pessoas morressem. Mas todo esse ódio tinha uma raiz e quando Anton a encontrasse teria vantagem sobre seu inimigo. 

"Aos poucos as cidades começavam a se sobrecarrega. Então as brigas internas, as doenças que aos poucos dizimavam muito mais do que a própria guerra."
    
    Cenários 
    
    O livro mostra a realidade no Rio de janeiro, a gente sente a adrenalina de perseguições na favela, a gente vê  corrupção nas pessoas que eram influenciadas por Kiron. E conforme a batalha se estende vemos cidades como Nova York e até mesmo Paris serem citadas na história. Transitamos entre a terra e os reinos de Nífia. Conhecemos os esconderijos da resistência e torcemos para que os personagens que amamos não morram em meio aos combates. 
    E por falar neles preciso elogiar a escrita da autora mais uma vez,  ela trouxe a descrição necessária para o livro sem ser massante, aqui nenhum capítulo tão extenso do tipo que leva muito tempo pra ser lido como já vi em outros livros por aí, achei a escrita da Priscila  bem dinâmica como sempre, e as cenas de luta são muito bem feitas, me arrepiei, me emocionei, e vibrei com elas. Me deixavam com bastante adrenalina e ansiosa pra continuar a leitura. 

    A mitologia utilizada no livro é algo original,  foi demais. Ela criou uma cosmogonia totalmente diferente de tudo que vi. Para que não sabe isso tem a ver com a criação do universo. Ela ressignificou muita coisa dentro do que conhecemos sobre o surgimento do mundo e achei isso maravilhoso. 
 Criar mitologias é muito trabalhoso e nesse livro fiquei encantada com os reinos criados, e as histórias deles, é sério gente, que coisa fantástica! Parabéns a autora por esse talento. Amei!

    Guerra sobre mundos consegue abordar vários temas importantes como autoaceitação, inseguranças, respeito a diferenças, recomeços, perdão, resiliência, amizade, lealdade, honestidade, trabalho em equipe, liderança, e amor, que para mim continua sendo a força mais poderosa que existe capaz de nos transformar em pessoas melhores.

"Amava-a  e sabia que o amor dos dois estava prestes a receber um grande baque. Ele persistiria nele, lutaria por Paula, porém estava ciente de que sua união a uma humana nunca seria aceita em seu mundo".

    O amor de Paula e Bruno toca profundamente o coração do leitor. Ele foi provado inúmeras vezes pelo destino, e pelos  perigos que enfrentaram. E quando um amor é forte o suficiente para suportar qualquer coisa é certeza que será eterno a sua maneira. Terminei a leitura com o coração aquecido e um sorriso no rosto. 
    Amei e recomendo!
  



2 comentários

  1. Eu adorei a resenha, a Priscila escreve sobre tudo mesmo, Guerra entre mundos foi o primeiro livro que li dela e também gostei bastante.

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